Organizaciones religiosas actuando frente a riesgos de desastres

Comparte este artículo en:

Este es un tema delicado para el público en general y para todas las personas de fe en particular. Esto se debe a que las expectativas públicas sobre quienes actúan con base en la fe nunca dejen fuera de sus agendas el cuidado de otras personas, especialmente las más necesitadas. En este sentido muy general, cualquier institución que tenga la fe humana como principio está invitada a actuar en situaciones de desastre: por solidaridad, empatía, imperativo ético y sus pautas de fe, por lo que siempre incluyo a las iglesias cuando hablo de “basado en la fe”, a pesar de que el uso actual separa a las iglesias de otras organizaciones.

La acción ante los desastres es un proceso que demanda mucho de las personas activistas y de sus instituciones, dado que siempre es necesario elegir prioridades y posibilidades en función de sus capacidades e incluso la capacidad de autocuidado para poder ser buenos cuidadores y cuidadoras. No es fácil, es duro para el corazón, pero el corazón no se puede endurecer, y en ese sentido la solidaridad alimenta esperanzas, es un valor universal, que luego cuestiona todas las desigualdades estructurales que nos dominan en nuestro continente americano colonizado.

En Brasil, como en otros países, los desastres siempre afectan a los más desiguales, en nuestro caso, las comunidades más pobres, las más negras y aquellas que los estados no atienden como poblaciones tradicionales y mujeres y LGTBIQ+ en situación doméstica o forzadas por la crisis a estar en esa condición. Las violencias se agravan en la misma medida que las desigualdades estructurales influyen en los contextos afectados por los desastres.

Recientemente todas las comunidades fueron afectadas por COVID-19 en nuestro continente, en Brasil tuvimos demasiados problemas, que se combinaron con problemas crónicos de vivienda en áreas de riesgo, debido a la falta de oportunidades en otros lugares de la ciudad, como fue el caso de las inundaciones por lluvias en São Paulo en comunidades muy pobres en su mayoría negras.

Nos movilizamos como FEACT Brasil (Foro Ecuménico ACT Brasil) para enfrentar un desastre que alcanzó a 50.000 personas, de las cuales servimos a 500 familias durante 6 meses. Como dije antes, las capacidades de ayuda cuentan mucho, y el tema es que “nadie actúa solo”. KOINONIA lideró la ayuda de FEACT Brasil en São Paulo y siempre es esencial encontrar asociaciones de capilaridad local y de acción comunitaria, que sean capaces de promover ayudas y posible incidencia pública en conjunto.

Esta alianza tuvo lugar con el Movimiento de Personas Afectadas por Represas (MAB). Por nuestra parte, también se necesitó un cuidado especial que atendiera la dimensión de género de las personas afectadas y la ayuda del Programa de Atención a Desastres de la Iglesia Presbiteriana de Estados Unidos. KOINONIA en alianza con CREAS, extendimos la ayuda a estas comunidades en São Paulo con atención de salud y compra de absorbentes para mujeres, productos poco donados en procesos de afectación por desastres.

La esencia para la prevención de desastres futuros es el vínculo entre el desarrollo y la ayuda humanitaria. Esto se hace, según las reflexiones de KOINONIA con las acciones de incidencia pública*, pilares de ACT Alianza, de la que somos parte como KOINONIA y CREAS.

*Incidencia en Latinoamérica significa visibilidad para lo invisible, construcción de alianzas sociopolíticas y presión sobre entidades de los Estados

Escrito por Rafael Soares de Oliveira, Director de Koinonia :https://koinonia.org.br/

 

Nota en Portugués:

Organizações baseadas na fé atuando em riscos de desastres e desastres

Este é um tema sensível ao público em geral e a todas as pessoas de fé em particular. Isso por que as expectativas públicas sobre aqueles e aquelas que atuam baseadas na fé é de que não deixem nunca de fora de suas agendas o cuidado com a outra pessoa, as mais necessitadas. Nesse sentido bem geral qualquer instituição que tenha como princípio a fé humana é convidada a atuar em situações de desastres: por solidariedade, por empatia, por imperativo ético e por suas orientações de fé – portanto sempre incluo as igrejas quando falo de “baseadas na fé” apesar do uso corrente separar igrejas de outras organizações.

A ação em desastres é um processo que exige muito das pessoas ativistas e de suas instituições, dado que sempre há que escolher prioridades, possibilidades ante as suas capacidades e mesmo a capacidade de auto-cuidado para poder serem boas cuidadoras. Não é fácil, é duro aos corações, mas não se pode endurecer os corações, e nesse sentido a solidariedade realimenta as esperanças, é um valor universal, que seguido questiona todas as desigualdades estruturais que nos dominam em nosso continente americano, colonizado.

No Brasil, como em outros países os desastres sempre atingem os mais desiguais, em nosso caso, as comunidades mais pobres, as mais negras e as que os Estados se omitem de cuidar como populações tradicionais e mulheres e LGBTQIA+ em situação doméstica ou obrigadas pela crise a estar nessa condição. As violências se agravam na mesma medida que as desigualdades estruturais influenciam os contextos atingidos por desastres.

Recentemente atingidas todas comunidades pela COVID-19 do nosso continente, no Brasil tivemos demasiados problemas, que se juntaram com problemas crônicos de moradia em áreas de risco, devidas à falta de oportunidade de outro local na cidade. Foi o caso de enchentes de chuva em São Paulo em comunidades muito carentes de maioria negra.

Nos mobilizamos como FEACT Brasil (Fórum Ecumênico ACT BRasil) para atender a um desastre que atingiu 50.000 pessoas, das quais atendemos 500 famílias durante 6 meses. Como disse inicialmente, as capacidades de ajuda contam muito, e conta o tema de que “ninguém atua só”. KOINONIA liderou a ajuda do FEACT Brasil em São Paulo e é sempre essencial encontrar parcerias locais de capilaridade. e de competência na ação comunitária, que seja capaz de: promover conosco a ajuda e mais que ela as possíveis incidências públicas que forem possíveis.

Esta parceria se deu com o Movimento de Atingidos por Barragens (MAB). De nossa parte cabe ainda o cuidado especial de gênero com as pessoas atingidas, e no exemplo coma ajuda do PDA-PCUSA, KOINONIA em parceria com o CREAS ampliamos a ajuda a essas comunidades de São Paulo com cuidados sanitários e de compra de absorventes para mulheres, produtos sempre pouco doados em processos atingidas por desastres.

A essência da prevenção de futuros desastres está no vínculo entre desenvolvimento e ajuda humanitária. Isto se faz, de acordo com as reflexões de KOINONIA com as ações de incidência pública(Nota: incidência em AL significam visibilidade para invisiveis, construção de alianças sociopolíticas e pressão sobre entes dos Estados), que devem ser ser feitas tanto em uma como em outra dimensão da ação, que são pilares da ACT Aliança, da qual somos associadas KOINONIA e CREAS.

Comparte este artículo en: